Acreano é destaque nas categorias de base do rubro-negro carioca
Roberto Henrique chegou a fazer teste no Fluminense, mas acabou no Flamengo
Prova de fogo
Foi no Centro de Treinamento do ninho do urubu que Roberto Henrique entrou em campo para provar suas habilidades. Na época, com apenas 11 anos, deveria fazer o teste com garotos da sua idade, mas não foi isso que aconteceu. Roberto teve que encarar jovens mais velhos, ou seja, treinar com atletas com idade superior, diminuindo assim suas chances.
A categoria de base referente à sua idade não realizava peneiras naquele momento. Com o desafio imposto, Roberto encarou e provou seu talento aos treinadores. Após três semanas, o adolescente foi aprovado no Flamengo.
- Estava com medo e inseguro. Só consegui superar esses obstáculos com ajuda da minha família, que sempre me apoiou nos momentos difíceis – conta Roberto Henrique
Dia a dia
Morando no Rio de Janeiro, na companhia de seu tio, Roberto Henrique segue diariamente uma rotina de treinamentos no Flamengo. Desde que entrou no rubro-negro, onde joga como meia-esquerda, já disputou duas finais do Campeonato Carioca, da categoria mirim. No final de 2012, foi promovido ao infantil.
Os colegas do Flamengo, os quais passa a maior parte do dia, logo apelidaram o jovem de Robertinho. No clube, o jovem segue as atividades como treinamento e exercícios físicos, e nas horas vagas acompanha o treinamento dos profissionais, seus ídolos.
- É um ambiente maravilhoso. Fiz muitos amigos aqui, e tento todos os dias me esforçar ao máximo, pois isso é gratificante. As pessoas de fora pensam que é fácil, mas precisa de muita dedicação, pois as cobranças são muitas, como disciplina e determinação nos treinamentos – revela Robertinho.
Distância da família
O tio Claúdio Antonio, tem a responsabilidade de cuidar do jovem na cidade maravilhosa. O tio conta que Roberto é um garoto tranquilo, mesmo assim não deixa de marcar de perto suas atividades como treinamento e também os estudos.
- Tenho o papel de controlar, ficar no pé dele, dizendo que existem horas para aula, para chegar em casa e demais responsabilidades. Pois além de jogador ele é um cidadão – ressalta Cláudio Antonio.
Já a mãe, Shirlane Maria de Araújo, ficou no Acre, triste pela distância do filho, mas conseguiu superar tal sentimento, sabendo que Robertinho está realizando o próprio sonho. De qualquer forma, dona Shirlane Maria acompanha todos os passos do filho pela internet e telefone.
- Fiquei muito satisfeita com a aceitação de Robertinho no Flamengo, porque ele passou por muitas coisas no Rio. A cada dia admiro cada vez mais meu filho, por sua dedicação aos seus objetivos. Estou distante dele, mas uma vez por ano vou ao Rio de Janeiro visitá-lo – conta a mãe.
No início do ano, Robertinho, retornou a Rio Branco, de férias do Flamengo, o atleta pode reencontrar os familiares e amigos. O jovem conta que tudo mudou rapidamente em sua vida, tendo que abandonar tudo no Acre, pelo Flamengo.
- Não me arrependo da decisão que tomei, pois isso está me ajudando, mesmo que não me torne um jogador profissional, o Flamengo me ajuda a ser uma boa pessoa. Aliás, estou feliz por fazer parte dessa imensa família rubro-negra, da qual faço parte de coração – finaliza Robertinho.
Fonte: Globo Esporte.com
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