Choro, indefinição e seca: Hernane completará um mês sem gols

Hernane parece realmente viver um inferno astral no Flamengo. De iluminado na temporada passada, quando foi artilheiro do Brasil, com 36 gols, o Brocador passa por um mau momento em 2014, e convive com questionamentos sobre sua condição de titular diante da boa fase de Alecsandro. Como se não bastasse, uma pancada nas costas na semifinal diante da Cabofriense, sábado, o levou às lágrimas e colocou em dúvida sua participação na partida com o Emelec, quarta, no Equador, pela Libertadores. De quebra, o problema ajudou a definir uma estatística incomum em sua passagem pela Gávea: passar um mês sem balançar as redes. 
A última vez que Hernane deixou sua marca com a camisa do Flamengo foi no dia 1º de março, sábado de carnaval, diante do Nova Iguaçu. De lá para cá, o Brocador entrou em uma seca que já dura cinco partidas - diante de Botafogo, Bolívar (dois jogos) e Cabofriense (também dois). No mesmo período, Alecsandro fez quatro gols em seis aparições. O jejum não é o maior do Brocador com a camisa rubro-negra, mas não acontecia desde que reassumiu a vaga de centroavante em disputa com Marcelo Moreno, durante o Brasileirão do ano passado. 
Com 45 gols em 85 jogos pelo Flamengo, Hernane já chegou a ficar três meses e 19 dias sem comemorar no início de sua passagem pelo clube. Neste período, porém, sequer foi utilizado muitas vezes e entrou em campo apenas em cinco oportunidades - mesma marca do jejum atual. A seca começou após o gol diante do Bahia, em 15 de junho, e terminou contra o Figueirense, quando foi o herói na luta para evitar o rebaixamento, em 3 de novembro. 
No ano passado, o Brocador passou um longo período em branco em duas oportunidades. Ainda no estadual, quando foi artilheiro, caiu de produção na Taça Rio, onde o Fla foi eliminado precocemente, e sofreu com uma má fase similar à atual: entre os jogos contra Resende e Fluminense, foi um mês e um dia de seca, com cinco exibições. 
Em número de partidas, porém, a pior sequência de Hernane aconteceu logo depois do estadual. Questionado e com a sombra de Marcelo Moreno, o Brocador não fez gol em seis partidas entre 20 de abril e 8 de junho (1 mês e 19 dias). Foi justamente nesta época que perdeu a vaga para o boliviano, ao não superar as defesas de Campinense (duas vezes), Santos, Ponte Preta, Atlético-PR e Náutico (os três últimos jogos já como reserva). 
Os questionamentos, por sua vez, parecem não ter abalado o prestígio do Brocador com a torcida. Apesar das vaias durante a partida com a Cabofriense, quarta-feira, Hernane saiu de maca e muito aplaudido neste sábado. No banco de reservas, o atacante chorou e deixou no ar a possibilidade de encarar o Emelec: 
- Não sei, vamos conversar com o doutor. 
Hernane viaja para o Equador, onde será reavaliado para saber se terá condição de entrar em campo, quarta-feira, pela quinta rodada do Grupo 7 da Libertadores. Caso seja liberado pelo departamento médico, terá que balançar as redes para evitar a maior série de partidas em branco e, principalmente, ganhar fôlego na disputa com Alecsandro pela condição de titular.
Fonte: Globoesporte.com
Por: Yago Martins

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