Entrevista com o youtuber Deco, que contou como foi a saída da Urubucam, experiências com o Flamengo e muito mais

Por Yago Martins - Twitter (@Yago_Martins23)

Foto: Reprodução
Na tarde desta segunda-feira (11), o blog Totalmente Rubro Negro entrevistou o youtuber Deco, do canal ''Deco SRN'', que contou como foi o processo de sua saída da Urubucam, revelou também detalhes de sua vida pessoal e as experiências que teve com o Flamengo. Além dos pitacos sobre o trabalho de Jorge Jesus, que costuma sempre dar em seu canal.

Atualmente, Deco tem 143 mil inscritos, com conteúdos de lives e vídeos de notícias.

Confira abaixo nossa entrevista

1 - Se formou em qual instituição de ensino?, e em qual profissão?

R: Sou formado em duas faculdades, dois ramos diferentes. Primeiro me formei em ciências contábeis na Cândido Mendes, e depois fiz Educação Física na Estácio de Sá. Além de pós graduação em marketing esportivo.

2 - Já chegou a declarar sonhava em ser comentarista esportivo. Ainda continua alimentando esse objetivo?

R: Com certeza, a gente nunca pode desistir dos nossos sonhos. As vezes são mais difíceis, mas se for da vontade de Deus que eu seja, serei. Lógico que precisa de um esforço meu também, mas quem sabe. Ainda alimento esse sonho sim, espero um dia poder concretizar.

3 - Qual o motivo de ter saído da Urubucam em busca de um projeto solo, como o canal "Deco SRN"?

R: Sou muito grato a Urubucam, mas para eu conseguir ser um pouco mais conhecido em busca do meu sonho, eu teria que ter uma carreira solo com meu próprio nome. Então teria que ter meu próprio canal, dessa maneira acabei tendo um reconhecimento maior. Só tenho a agradecer ao Ronaldo e ao Patrick, mas tendo um canal solo você acaba ficando mais reconhecido, até porque é seu nome que está em destaque ali. Fiquei muito agradecido (a Urubucam), mas era hora de ter minha própria identidade.

4 - Fora do ambiente de trabalho e do YouTube, quem é o Deco?

R: Fora do YouTube eu sou conhecido como André, gestor de negócios, personal trainer e isso que é minha vida. Trabalhar no ramo de atividades físicas.

5 - Qual a maior alegria que já presenciou em estádio?

R: A maior alegria que tive em estádio foi no jogo do River, a final da Libertadores. Estar presenciando lá aquele título depois de 38 anos, ver todo mundo chorando ao seu lado, ninguém acreditando, foi uma emoção única. Tudo que eu vivenciei em Lima, desde o dia que cheguei e dentro do estádio foi um sentimento indescritível. Você ver a torcida do Flamengo em maior número contra o River Plate, muita gente fazendo um esforço sobrenatural para ir, e tudo deu certo.

6 - Acompanhando o Flamengo como visitante, já sofreu fortes ameaças ou violência?

R: Graças a Deus nunca teve um jogo assim tão ruim. Mas vou dar alguns exemplos. No jogo do River Plate (Libertadores de 2018), os ônibus estavam indo em comboio e soltaram uma bomba, mas ninguém se machucou. Na partida contra o Grêmio, no Sul, nos tacaram uma pedra no ônibus. Dentro do estádio, em Bogotá contra o Santa Fé, quando acabou o jogo tacaram moeda em cima da gente. Contra o Emelec, na hora de ir embora, naquele jogo que perdemos por 2 a 0, primeiro jogo das oitavas, também foi ruim de deixar o estádio. Esses foram os piores, mas nada de muito grave.

7 - É comum em suas lives, que seus seguidores peçam para que vire técnico de futebol. Exponha seu pensamento sobre.

R: Muitos dizem que eu posso contribuir muito para o Flamengo em uma análise de desempenho. Nessa semana mesmo, um amigo disse que tenho facilidade de ver bons jogadores, sistema de jogo que o Flamengo atua, os adversários. A galera curte muito devido esse meu embasamento da parte tática. Pedido para técnico não, mas querem que eu ajude o Flamengo de alguma maneira.

8 - Na sua opinião, o que foi determinante para o sucesso de Jorge Jesus no Flamengo?

R: Ter a cara das tradições do Flamengo. Sempre o clube teve times ofensivos, com este DNA. Com treinadores que não fugiram da essência do Flamengo de ser, que é um time proativo, pro ataque, que sempre jogou bonito, nunca sendo um time acovardado, e com ideias diferentes de se ver futebol do que hoje os treinadores do Brasil enxergam. Um cara que está mais preocupado em dominar o adversário do que se resguardar e atuar no contra-ataque.

9 - O time de 2019 do Flamengo pode ser comparado ao de 1981?

R: São épocas diferentes de se ver futebol. O time de 81 era muito vistoso, ganhou tudo, tinha um atleta excepcional que era o Zico e grandíssimos jogadores ao seu lado. E este time de 2019 é também excepcional de se ver jogar, porém mais físico, porque antigamente não se treinava tanto essa parte como hoje. Antigamente não existia essa retranca toda que é utilizada por vários times nos dias atuais. Hoje é tudo muito tático, diferente do passado, que a questão da individualidade fazia a diferença. No ano passado conseguimos alinhar a parte técnica com a parte tática. Os jogos nesta época são muito mais jogados em relação a estratégia do que antigamente. Então cada um tem sua importância.

10 - O que fez o Flamengo virar o jogo contra o River Plate?, e na sua visão, o que faltou na decisão do Mundial contra o Liverpool?

R: Uma coisa fez o Flamengo não ter ido bem no primeiro tempo (contra o River): a questão da pressão psicológica. Estávamos 38 anos sem conquistar o título, uma pressão grande, apesar de termos jogadores experientes, mas muitos jogando pela primeira vez uma final de Libertadores. Acho que isso faz muita diferença. E o River Plate estava mais aliviado, até por na época ser o último campeão, e nas três edições anteriores ter jogado duas finais.

Também acho que a questão do Flamengo ter enfrentado uma maratona de jogos, e o River menos, o Fla sentiu um pouco. O calor estava demais, eu estive presente, a temperatura estava muito seca junto com o gramado que não ajudou, estava muito duro. Demorou, mas depois o Flamengo se adaptou ao jogo, mesmo o River tendo feito o gol, em nenhum momento o Fla fraquejou. A entrada do Diego Ribas deu uma sobrevida ao time, ganhamos mais disposição. O Gerson cansou e foi substituído e o River também perdeu seus jogadores por cansaço. O Gallardo tirou o Fernandez, Borré, entrando com o Pratto e isso facilitou um pouco nosso trabalho, fazendo o Flamengo crescer no jogo. As substituições do Mister foram mais felizes, começamos a dominar o jogo e a entrada do Diego foi um fator determinante para essa virada do Flamengo. 

Sobre o jogo do Liverpool, o Fla foi muito bem, mas diferente do que aconteceu no jogo contra o River Plate, o Jorge Jesus errou quando substituiu Arrascaeta e Everton Ribeiro. O Flamengo perde o meio campo, o Liverpool cresce, ficamos com muitos jogadores na frente mas sem uma cabeça pensante no time. O Mister adiantou o Diego para frente, coisa que não fazia a muito tempo, e acho que ali o Flamengo perdeu o jogo para o clube inglês.

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