Após clássico, Rafinha recebe apoio, faltas e carrega peso da expectativa
Bastou uma boa atuação na vitória por 4 a 2 sobre o Vasco na última quinta-feira - quando participou de três gols e ainda deixou o seu depois de bela jogada - para Rafinha ser tratado de forma diferente pela torcida do Flamengo e também pelos adversários. Neste domingo, ele voltou ao Engenhão para enfrentar o Nova Iguaçu. Antes mesmo de a bola rolar na vitória rubro-negra por 1 a 0 , o jogador pôde perceber as mudanças e a expectativa que passou a rondar seu futebol desde o clássico.
Rafinha foi o jogador rubro-negro que mais sofreu faltas: quatro. De 27 passes, acertou 20 e errou sete. Conseguiu duas bolas alçadas na área. Nenhuma finalização. O garoto agradeceu o apoio da torcida, comemorou a vitória e lembrou que nem sempre conseguirá ter destaque dentro de campo.
- O importante foram os três pontos. Agora é no próximo jogo, mesmo sem show, conseguir um resultado positivo. O time deles estava muito atrás, até porque o nosso time vem bem. Não é sempre (que vai se destacar), mas o importante é fazer sempre o máximo para o torcedor sair feliz do estádio - afirmou.
Questionado sobre a alternância nas atuações de Rafinha, Dorival Júnior sentenciou resumidamente depois do jogo:
- Normal.
O técnico usou para o jogador a mesma justificativa aplicada ao time: segundo ele, a desgastante sequência de jogos no início do Carioca.
- A impressão é que o jogador entra para o jogo seguinte já sentindo – completou Dorival.
Na entrada do time em campo, crianças disputaram para conseguir dar as mãos ao jovem jogador. O camisa 11 foi um dos mais concorridos, mas subiu ao gramado com os netos de Zico - Felipe e Gabriel - no colo. Quando o nome apareceu no placar eletrônico e foi anunciado pelo locutor do estádio, houve euforia na arquibancada. Na hora de cantarem a escalação, torcedores usaram um palavrão para fazer a rima com “Rafinha apareceu”.
E o jogador foi até perseguido pela diminuta torcida do Nova Iguaçu. Com o Engenhão vazio, foi possível ouvir a provocação de cerca de 20 torcedores da equipe da Baixada ao garoto.
Aos 15 minutos do primeiro tempo, depois de um drible seco, Rafinha deixou o marcador caído no gramado. Aos 30, alçou uma bola com precisão para Elias. Foi o suficiente para arrancar aplausos e suspiros da torcida.
Ovação no momento da substituição
No segundo tempo, uma jogada de linha de fundo logo nos primeiros instantes mereceu reconhecimento da torcida. Mesmo sem o brilho do clássico, Rafinha tentava ajudar o time até que, aos 34 minutos, foi substituído por Thomas. Novamente o jogador teve seu nome gritado.
Com boa passagem pela base, o jogador foi elogiado por Zico depois do clássico. Mas o departamento de futebol trata Rafinha com cautela, mantém o garoto longe dos holofotes e age para que mais uma promessa não fique pelo caminho antes de se tornar realidade.
Titular nas cinco partidas do Carioca, o jovem de 19 anos sabe que a realidade mudou, a expectativa cresceu, o apoio também. Assim como as cobranças.
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