Em meio às demissões de Jayme e Pelaipe, Flamengo vê influência de Kleber Leite e Bap crescer, e saída de vice de futebol é cogitada
A saída de Jayme de Almeida, decidida na noite de domingo e oficializada quase 24h depois, foi apenas parte de uma mudança maior no Flamengo. A ala da diretoria liderada pelo vice de marketing, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e ligada ao ex-presidente Kleber Leite ampliou sua influência num processo que derrubou ainda o diretor Paulo Pelaipe, pode fazer do vice de futebol Wallim Vasconcelos a nova vítima, e trará Ney Franco como treinador.
— Estamos em contato com o procurador do Ney Franco e esperamos amanhã (terça-feira) chegar a um bom termo para anunciar. Ele deverá na quarta-feira já comandar o treino — revelou Wallim à Rádio Tupi.
Ney pediu demissão do Vitória ontem mesmo. Ele chega trazendo sua comissão técnica, já que a atual foi desfeita. Será a segunda passagem do treinador pelo Rubro-negro. Na primeira, em 2006, ele trabalhou justamente com Kleber Leite, que já deu o seu aval.
— O Ney é sério, competente e ganhador. Tem uma “bagagenzinha” razoável. É um passo para o time voltar a ter cara de Flamengo — disse o ex-dirigente.
A derrota para o Fluminense foi apenas o empurrão que faltava para a demissão de Jayme. A ala de Bap já havia decidido dar fim ao seu ciclo e nem a vitória sobre o Palmeiras, na semana passada, os fez mudar de ideia. Pelaipe, que defendia a manutenção do técnico e sempre bateu de frente com Bap, também vinha sendo fritado e não resistiu. Em nota oficial, o clube agradeceu pelo trabalhos de Jayme, Pelaipe e “suas equipes”.
Internamente, já se comenta que o próximo passo do grupo será a troca de Wallim por Plínio Serpa Pinto. Ele é o atual vice de relações externas e também é ligado a Kléber, que já faz lobby publicamente pelo aliado.
— Com o Ney teremos um “upzinho”. Mas só teremos um “up” total quando reforçarmos o time. Se o Plínio estivesse no futebol, o Flamengo estaria com Robinho, Sheik e Elias, porque houve oportunidade para trazer todos eles.
Fonte: O Globo
Por: Yago Martins
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