Julio César tem mais vitórias do que derrotas em disputa de pênaltis

As defesas nas cobranças de Pinilla e Alexis Sánchez, além da sorte no chute de Jara, ampliaram a lista de boas recordações para Julio César quando o assunto é disputa de pênaltis.  Somando jogos de seleção brasileira com os de Flamengo e Inter de Milão, o goleiro tem oito vitórias contra quatro derrotas em partidas decididas nos tiros livres.

- Só Deus e minha família sabem o que eu passei e passo até hoje, mas sei que minha história na Seleção não acabou - disse o goleiro após a classificação dramática contra o Chile no jogo do último sábado, depois do empate por 1 a 1 no tempo normal.

Ao falar sobre "o que passou", Julio se referia ao choro após a derrota para a Holanda nas quartas de 2010. Mas quando o assunto é pênalti as lágrimas são mais de alegria do que sofrimento. Além da vitória sobre o Chile no Mineirão, Julio César tem outras duas vitórias marcantes pelo Brasil em disputas decisivas desse tipo, ambas na Copa América de 2004. Na semifinal da competição daquele ano, no Peru, o Brasil empatou por 1 a 1 com o Uruguai. Na decisão, o goleiro pegou a cobrança de Vicente Sánchez.

Na mesma competição, na decisão contra a Argentina, mais uma vez o destino estava nas mãos do goleiro brasileiro. Após um 2 a 2 com heroico gol de Adriano nos acréscimos, Julio defendeu chute do agora colorado D'Alessandro logo na primeira cobrança. Depois, Heinze chutou para fora, e o Brasil do capitão Alex comemorou o título com a vitória por 4 a 2.

Em 2011, em mais uma Copa América, Julio César não teve a mesma sorte que em 2004. Pelas quartas de final da competição na Argentina, o Brasil empatou por 0 a 0 com o Paraguai no tempo normal e na prorrogação. Na disputa por pênaltis, Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred desperdiçaram suas cobranças. Pelo lado paraguaio, apenas Barreto perdeu, mas o goleiro brasileiro não defendeu - o chute foi para fora.

Boas e más lembranças no Flamengo

Pelo Flamengo, Julio César venceu quatro disputas de pênaltis e perdeu três. Sua primeira experiência neste tipo de disputa aconteceu na Copa dos Campeões de 2000 e não terminou bem para o goleiro, que viu o Palmeiras avançar para a decisão daquele ano. A primeira vitória em pênaltis aconteceria na decisão da Taça Guanabara de 2001, contra o Fluminense. O clássico terminou empatado por 1 a 1. Na série decisiva, o goleiro defendeu a cobrança de Magno Alves.

Sua pior recordação neste gênero veio no ano seguinte, em janeiro, na decisão da Copa Mercosul de 2001 (a competição só foi decidida em 2002 porque a final teve de ser adiada em virtude de problemas políticos na Argentina). Contra o San Lorenzo, depois de 1 a 1 no tempo normal, Julio César defendeu cobranças de Acosta e Serrizuela, mas o Flamengo perdeu por 4 a 3 (Juan, Cássio e Roma desperdiçaram). Na mesma competição, na semifinal, o goleiro brilhou contra o Grêmio, no Olímpico. Depois de um 0 a 0, Julio defendeu as cobranças de Roger e Luís Mário, e o Flamengo venceu por 4 a 2.

Julio tem ainda outras três disputas de pênalti pelo Flamengo: vitórias sobre Juventude, nas oitavas da Copa do Brasil de 2001, e Ceará, pela Copa do Brasil de 2003, e derrota para o Santos, na Copa Sul-Americana de 2004.

Na Itália, um título nos pênaltis

Pela Supercopa da Itália de 2008, Julio César foi decisivo na conquista do título do Inter de Milão. Depois de um 2 a 2 no tempo normal, o time do goleiro brasileiro venceu o Roma por 6 a 5 na disputa de pênaltis. Julio defendeu a cobrança do zagueiro Juan, seu companheiro dos tempos de Flamengo.

Um ano depois, no entanto, o goleiro não teve a mesma sorte na disputa de um torneio de pré-temporada contra o Juventus. Em agosto de 2009, depois de um empate por 1 a 1 no tempo normal, a Velha Senhora levou a melhor sobre o Inter. Julio César não defendeu cobrança alguma e perdeu por 7 a 6                                                                                                    

    Fonte:Ge                                                                                                                                               Por:Samir Merey