Procura-se estádio para a disputa dos clássicos no Carioca

Polícia Militar volta a desaconselhar uso de São Januário
Pego de surpresa com a notícia da interdição do Engenhão, o comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), tenente-coronel João Fiorentini, disse que precisa sentar com os clubes, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro e o comando da PM em busca de alternativas para os próximos jogos, a começar pelo clássico de domingo que vem entre Vasco e Botafogo. Apesar dos cuidados para não emitir uma posição precipitada, Fiorentini deixou claro que não recomenda o uso do Estádio de São Januário para jogos envolvendo dois times grandes. No ano passado, diante do pleito do Vasco para disputar clássicos em casa, o Gepe enviou laudo à Federação e ao Ministério Público desaconselhando o uso do estádio por questões de segurança.
- O relatório é público, cita várias questões ao longo de três páginas, mas as questões mais preocupantes são em relação ao acesso. O número de roletas é insuficiente e o ônibus do time visitante precisa passar pelo meio da torcida do Vasco – disse o comandante, tentando evitar uma condenação definitiva do estádio antes que as partes sentem à mesa. – Nos últimos tempos, o Vasco já fez algumas melhoras que ainda não me parecem suficientes. Temos que discutir jogo a jogo para tomar uma posição – afirmou.
Por conta de entendimento entre a federação e a PM, apenas o Engenhão tinha sido liberado para receber clássicos no Campeonato Carioca. Estádios como os de Moça Bonita, Macaé e Volta Redonda estão à disposição dos clubes para jogos entre grandes e pequenos. O uso de São Januário, mesmo que para jogos de menor porte, não é automático.
- É um caso específico, porque pertence ao Vasco. Os demais estão cedidos à Federação, que pode realocar os jogos para este ou aquele estádio, de acordo com as circunstâncias – disse Fiorentini, evitando uma posição sobre qual deles teria as melhores condições para receber um clássico.
- Todos podem ou não receber um clássico, dependendo do planejamento que tem que ser feito para o jogo, do parecer do estado maior da PM e da condição de cada batalhão para atuar. Não dá para ter uma resposta agora – concluiu
Fonte:Globo

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