CT Ninho do Urubu é invadido, e Wallace, Arão, Ederson, Gabriel e Rodinei conversaram com os torcedores para acalmarem os ânimos

A invasão de oito integrantes de torcidas organizadas do Flamengo criou um clima de tensão no Ninho do Urubu, na manhã desta segunda-feira. Quando eles apareceram no local de trabalho dos jogadores, alguns treinavam no campo e outra parte faziam atividades regenerativas na academia do CT. Coube a cinco atletas a tarefa de ficar na linha de frente com o grupo de torcedores, que chegou para cobrar melhores resultados. Além do capitão Wallace, Rodinei, Willian Arão, Ederson e Gabriel foram os destacados para ouvir as reivindicações e argumentá-las, num encontro que durou cerca de 40 minutos.
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Mas logo a estes cinco jogadores se juntou a maior parte do elenco. Alguns outros, como Emerson Sheik, não fizeram parte da reunião. O vice de futebol Flávio Godinho, que estava no Ninho do Urubu, também não participou da conversa. No início, o tom da cobrança foi sobre a necessidade de comprometimento. Mas logo os jogadores rechaçaram a questão, garantindo que não há corpo mole, mas admitindo que o rendimento da equipe não tem sido bom.
Enquanto isso, o Flamengo cogitou chamar a polícia. Mas logo chegou-se à conclusão de que o melhor a fazer seria tentar resolver tudo internamente, da maneira mais tranquila possível, sem chamar ainda mais a atenção.
- Imagina se aparece polícia, camburão na porta? O negócio tomaria outra proporção. Não poderia ser assim - argumentou um funcionário do clube.
O grupo de torcedores ainda esperou que alguns jogadores encerrassem seus treinos para que a conversa começasse. Enquanto isso, o diretor de futebol Rodrigo Caetano tratava o assunto com os atletas.  Por isso, os integrantes de organizadas permaneceram quase duas horas dentro do Ninho do Urubu. O técnico Muricy Ramalho foi outro que preferiu não participar da reunião e não chegou a encontrar com os torcedores.
Mas apesar de tudo ter transcorrido sem maiores conflitos, dentro do possível, o Flamengo mostrou indignação com o episódio. O clube divulgou uma nota oficial na tarde desta segunda-feira repudiando a invasão do CT George Helal - Ninho do Urubu - ocorrida durante o treino matinal desta segunda. Elaborado em tópicos, o texto classifica o ato como de intimidação e inadmissível. 

O clube justifica que só permitiu o bate-papo entre atletas e torcedores para "evitar maiores transtornos". A decisão, no entanto, causou constrangimento aos jogadores. 

- Eu não tenho que achar nada, mas se alguém da diretoria ou o Rodrigo Caetano (diretor de futebol) achou viável que os caras ficassem aqui, problema deles - disse o capitão Wallace. 
Até o momento não há informação de que o clube tenha registrado o incidente na delegacia.

Confira a íntegra da nota oficial: 
"Na manhã desta segunda-feira, 28 de março, oito integrantes de torcida organizada invadiram o CT George Helal, enquanto funcionários e jogadores trabalhavam, se preparando para o compromisso contra o Vasco, na próxima quarta-feira, em Brasília, pela Taça Guanabara. Diante dos fatos, o Clube de Regatas do Flamengo esclarece que:

 • A entrada dos "torcedores" não foi consensual e os mesmos só conversaram com os atletas para evitar maiores transtornos;

• Torcedor de verdade canta, torce, critica e empurra o time na arquibancada, não invade o local de trabalho de atletas para intimidá-los, ato repudiável e inadmissível;

• Este, certamente, não é o momento mais complicado pelo qual o Flamengo passa em sua história. Mas sempre que foi preciso superação, o verdadeiro torcedor esteve ao lado do time;

• Críticas são aceitáveis, mas no local apropriado."
Fonte: Globoesporte.com
Por: Yago Martins
Twitter: @Yago_Martins23

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