Em meio à crise, Flamengo tenta Robinho de novo, e Bandeira se encontra com Adriano
No melhor estilo anos 90, quando cada crise era abafada por uma
contratação de impacto, o Flamengo reativou o projeto Robinho. Do fundo da
tabela do Brasileiro e devendo dois meses de salário, o clube ainda sonha dar a
volta por cima com o rei das pedaladas, alvo da cobiça rubro-negra desde o ano
passado.
A operação pedalada passa por uma triangulação com o Milan e o Orlando
City. O clube americano vem tentando contratar o atacante. Como o jogador só
poderia atuar nos EUA em 2015, o Flamengo fez o mesmo que Santos e Cruzeiro e
se colocou como candidato a recebê-lo por empréstimo neste período.
Nesta quinta-feira, o ex-presidente Kleber Leite revelou como seu
salário pode ser pago. Segundo ele, o vice de marketing Luiz Eduardo Baptista,
o Bap, montou uma engenharia para arcar com R$ 900 mil mensais para o atacante.
“A ideia inicial era localizar três empresas, cada uma delas arcando
mensalmente com trezentos mil reais, durante os cinco meses de contrato e, em
contrapartida, teriam como benefícios, durante o mesmo período, a imagem do
jogador e itens outros cedidos pelo Flamengo”, escreveu o ex-dirigente, que é
próximo de Bap.
O Flamengo aguarda um acerto entre o Orlando City e o Milan. Ontem,
Adriano Galliani, vice-presidente do clube, declarou que o valor oferecido
pelos americanos para contar com o brasileiro ainda não é satisfatório e que
espera por nova oferta.
Se Robinho ainda está longe, outro atacante pode estar bem próximo. Ao
menos fisicamente. Com a intermediação de José Carlos Dias, ex-vice-presidente
do Fla-Gávea, Adriano e o presidente Bandeira se encontraram em seu prédio.
Os dois conversaram sobre o Flamengo, mas, segundo o dirigente, nada
relacionado à contratação.
Conversa casual ou não, vale lembrar que a volta do Imperador faz parte
da lista de demandas das organizadas, que continha a saída de André Santos e a
volta dos treinos na Gávea. Estas duas foram atendidas, em uma prática tão
populista quanto a de contratar reforços megalomaníacos em meio a crises.
Fonte: Extra Globo
Por:Samir Merey
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