Se não conseguir administrar o Maracanã, Flamengo vai atrás do Engenhão e de um estádio próprio

O Flamengo sofre em 2016 sem o Maracanã, e a ausência do local que se acostumou a tratar como casa pode ser prolongada. O clube só aceita voltar ao estádio na condição de administrador, posição que poderia dividir com o Fluminense. O modelo atual, cujo controle do estádio cabe à Odebrecht - empresa que já desistiu da concessão -, não agrada à dupla Fla-Flu. O Governo do Estado já negocia com a francesa Lagardère, que entrou no país como LU Brazil e administra o Castelão e o Independência, para substituir a Odebrecht. Dessa forma, o tipo de gestão ao qual os coirmãos fazem oposição seria mantido.
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O lucro médio do Flamengo no Maracanã era de 35% do arrecadado, um percentual que não atendia às intenções do clube. O custo fixo do Maracanã, no atual modelo, é cerca de R$ 40 milhões anuais, sem contar o custo variável dos jogos.
Caso a LU Brazil, parceira da BWA, passe a operar o Maracanã, o Flamengo ficará fora. As alternativas iniciais seriam o Engenhão (Estádio Nilton Santos) ou um estádio de pequeno porte para jogos de menor apelo. No último caso, a reforma da Gávea não está descartada. Remodelar sua casa, aliás, é objetivo rubro-negro para 2017 em diante. O Flamengo tem contatos com uma empresa de gestão de estádios - para o Maracanã - e outra para a ampliação da Gávea. Este projeto está em estudo, ainda sem ter sido protocolado pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Mas a ideia é de tornar o campo um estádio de pequeno porte, sem grandes custos e sem inviabilizar a ideia de administração do Maracanã.
- Por enquanto não tem nada resolvido por parte do governo. Estamos aguardando. Mas vou repetir o que temos dito: o Flamengo só entra no Maracanã sendo o protagonista. Em relação à possível ampliação da Gávea, uma coisa não impede a outra - explicou o presidente rubro-negro Eduardo Bandeira de Mello. 
O Engenhão não é consenso no Flamengo, mas é tratado como uma das possibilidades até a conclusão de um estádio - seja o acerto com o Maracanã ou a construção de um. Mas em relação ao Nilton Santos, o entrave pode ser a relação entre as diretorias, que não são próximas.
Se não conseguir o Engenhão, o Rubro-Negro repetiria o que fez em 2013 e mandaria os jogos de maior apelo fora do Rio de Janeiro. Brasília foi o palco mais frequentado pelo Fla na temporada em questão. A solução é tratada como paliativa, de curto prazo, pela direção flamenguista, já que não desistiria facilmente do Maracanã. Bate o pé para administrá-lo por se considerar o trem pagador do estádio.
Sendo assim, a construção de uma arena para 50 mil pessoas no Rio está em pauta, e o Flamengo já tem consigo opções de local para erguê-lo: Zona Oeste ou Baixada Fluminense. Os cartolas da Gávea, contudo, consideram a possibilidade inviável atualmente, pautando-se no momento econômico do Brasil. Como consideram a crise cíclica, acreditam que isso pode ser concretizado num momento mais favorável do país.
Na Gávea existe um grupo de trabalho dedicado a estudar a eventual construção do estádio e, para isso, garante ter grupo de investidores interessados e firmar parceria. A equipe estuda as alternativas, tenta montar modelos econômicos para fazer comparações e tentar chegar à melhor opção. O ano de 2016 é tratado dentro do Flamengo como determinante para os rumos desse projeto.
- A pauta da construção do estádio dependia do fortalecimento financeiro do Flamengo. Antes era inviável pensar nisso. Mas hoje não. Isso fazia parte do nosso roteiro lá atrás, e agora eu diria que chegou a hora de o Flamengo olhar isso com mais profundidade - afirmou uma pessoa que acompanha o processo de perto.
O Flamengo não desistiu do Maracanã, mas espera que o estado não desista do Flamengo. É aguardar as cenas dos próximos capítulos para saber se o Rubro-Negro e o Maraca deram apenas um tempo ou se divorciaram definitivamente.
Fonte: GE
Por: Yago Martins
Twitter: @Yago_Martins23

Um comentário:

  1. Time sem estádio é assim msm.Que vergonha.kkk.Que timeco.tá pior que time pequeno.

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